Filme Inocência, Resumido.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Pereira não entende a atitude da filha, mas sente-se
indignado quando Tico o revela, através da mímica, que Cirino se encontrava com
ela às escondidas enquanto ele desconfiava do Dr. Meyer e também revela que ele
é um pseudo médico, ou seja, não era um médico. Manecão, também raivoso,
encontra-se com Cirino e assassina o rapaz. Mais tarde, a própria Inocência
morre de tristeza por ter que se casar com Manecão. Meyer ao voltar para Alemanha,
é homenageado por sua descoberta fictícia, a Papilio Innocentia.
Trecho do livro em que Inocencia recusa-se casar com Manecão e é agredida por seu pai, e logo após Tico revela o romance entre Cirino e Inocencia.
Cap. 29: p. 118: "Estavam Pereira e Manecão sentados à mesa (...)
- Estou aqui, papai, disse Inocência em voz alta e um pouco trêmula.
Encarou-a Manecão com ar entre sombrio e apaixonado.
- Até que afinal a dona saiu do ninho... É que hoje o dia está de sol, não é?"
p. 119: "A moça nada lhe respondeu; fitou-o com tanta insistência que o fez abaixar os olhos.
- Ela esteve doente, desculpou Pereira."
p. 119: "- Ora, recomeçou Manecão levantando-se e vindo recostar-se à beira da mesa para ficar mais chegado à moça, faz-se de enjoada à toa... o nosso casamento...
- Seu casamento? perguntou Inocência fingindo espanto.
- Sim...
- Mas com quem?
- Ué, exclamou Manecão, com que há de ser... Com mecê...
Pereira fora-se tornando lívido de raiva.
(...)
- Eu?... Casar com o senhor?! Antes uma boa morte!... Não quero... não quero... Nunca... Nunca...
(...)
O pai agarrara-a pela mão, obrigando-a a curvar-se toda.
Depois, com violento empurrão, arrojou-a longe, de encontro à parede.
Caiu a infeliz com abafado gemido e ficou estendida por terra, amparando o peito com as mãos. Mortal palidez cobria-lhe as faces, e de ligeira brecha que se abrira na testa deslizavam gotas de sangue."
p. 120: "- (...) Manecão, Nocência para nós está perdida... para nós, porque um homem lhe deitou um mau-olhado...
- E que homem é esse?
- (...) um estrangeiro que aqui esteve...
- (...) Amanhã mesmo eu lhe saio no rasto. (...) É negócio que me pertence. O senhor é pai... eu porém sou noivo. Mangaram com os dois... mas o alamão fica no chão.
(...) De repente, colocou-se \[o anão Tico] resolutamente entre Manecão e Pereira.
- Que quer você aqui? perguntou o mineiro com aspereza.
Começou então o homúnculo a explicar por gestos vagarosos, mas muito expressivos...
- Qual! protestou Pereira, o doutor?...
Depois voltando-se para Manecão:
- Dê-me esse... eu o quero...
Abanou o capataz a cabeça.
- Não, respondeu surdamente. Esse me pertence... Caçoou com o senhor... e fez de mim chacota.
Trecho do livro em que Manecão mata Cirino:
Cap. 30 e Epílogo: p. 123: "Durante três dias, foi Cirino rigorosamente espreitado pelo noivo de Inocência. (...) sem ser pressentido."
p. 124: "Estacaram eles os animais e fitaram-se alguns minutos, de um lado com desconfiança e pasmo, de outro com mal concentrado furor.
(...) de supetão tirando uma garrucha da cintura, desfechou-a à queima-roupa em Cirino.
Varou a bala o corpo do infeliz e o fez baquear por terra."
p. 125: "Foi seu rosto abandonando a expressão de rancor; a respiração tornou-se-lhe mais difícil.
- (...) Devo sair desta vida... como cristão... Hei de saber perdoar... (...) Manecão... eu te perdoo...
À medida que o moribundo pronunciava estas palavras, esbugalhara Manecão os olhos de horror com o corpo todo a tremer.
- Não quero o teu perdão, bradou ele a custo.
- Não importa, respondeu-lhe Cirino com voz suave. (...) Que me importa agora o mundo, a vingança... tudo?... só Inocência!... Coitada de Inocência... Quem sabe... se... ela... não morrerá?
p.128: "Inocência, coitadinha...
(...) fazia dois anos que o seu gentil corpo fora entregue à terra, no imenso sertão de Sant'Ana do Paranaíba, para aí dormir o sono da eternidade."
Trecho do livro em que Manecão mata Cirino:
Cap. 30 e Epílogo: p. 123: "Durante três dias, foi Cirino rigorosamente espreitado pelo noivo de Inocência. (...) sem ser pressentido."
p. 124: "Estacaram eles os animais e fitaram-se alguns minutos, de um lado com desconfiança e pasmo, de outro com mal concentrado furor.
(...) de supetão tirando uma garrucha da cintura, desfechou-a à queima-roupa em Cirino.
Varou a bala o corpo do infeliz e o fez baquear por terra."
p. 125: "Foi seu rosto abandonando a expressão de rancor; a respiração tornou-se-lhe mais difícil.
- (...) Devo sair desta vida... como cristão... Hei de saber perdoar... (...) Manecão... eu te perdoo...
À medida que o moribundo pronunciava estas palavras, esbugalhara Manecão os olhos de horror com o corpo todo a tremer.
- Não quero o teu perdão, bradou ele a custo.
- Não importa, respondeu-lhe Cirino com voz suave. (...) Que me importa agora o mundo, a vingança... tudo?... só Inocência!... Coitada de Inocência... Quem sabe... se... ela... não morrerá?
p.128: "Inocência, coitadinha...
(...) fazia dois anos que o seu gentil corpo fora entregue à terra, no imenso sertão de Sant'Ana do Paranaíba, para aí dormir o sono da eternidade."
Imagem do filme em que Antônio Cesário encontra Cirino baleado e morre em seus braços pedindo-lhe que impeça Inocência de se casar com Manecão
Pereira não desconfiava de Cirino, mas sentiu-se ainda mais
desconfiado de Meyer, que encontrou uma espécie de borboleta desconhecida e
resolveu batizá-la com o nome de Inocência. Ao concluir seus estudos, Meyer vai
embora e isso faz com que o pai da moça sertaneja retire suas suspeitas contra
ele. Durante esse episódio, Cirino também está viajando para encontrar-se com
Antônio Cesário. Sozinha, Inocência apanha do pai quando se recusa a casar-se
com Manecão que acaba de chegar a sua casa.
Trecho do livro em que Meyer batisa a borboleta com o nome de Inocência:
Cap. 21: p.91: "asas de maravilhoso colorido; as superiores , do branco mais puro e luzidio; as de baixo, de um azul metálico de brilho vivíssimo. (...) Meyer não tinha mão em si de contente.
- Este inseto, prelecionou ele como se o ouvissem dois profissionais na matéria, pertence à falange das Helicônias. Denominei-a logo, Papilio Innocentia, em honra à filha do Sr. Pereira, de quem tenho recebido tão bom tratamento."
Trecho do livro em que Meyer batisa a borboleta com o nome de Inocência:
Cap. 21: p.91: "asas de maravilhoso colorido; as superiores , do branco mais puro e luzidio; as de baixo, de um azul metálico de brilho vivíssimo. (...) Meyer não tinha mão em si de contente.
- Este inseto, prelecionou ele como se o ouvissem dois profissionais na matéria, pertence à falange das Helicônias. Denominei-a logo, Papilio Innocentia, em honra à filha do Sr. Pereira, de quem tenho recebido tão bom tratamento."
Pereira encarregou Tico, um anão mudo, de vigiar Inocência a
todo o momento contra o Dr. Meyer, enquanto Pereira pede a Cirino que continue
em sua casa até o alemão ir embora para ajudá-lo na guarda da filha. Quando Cirino
declara seu amor para Inocência, ela mostra-se também apaixonada e ambos
encontram-se no laranjal às escondidas.
Pensando estar seguros, o casal não sabia que Tico, o guarda mudo de Inocência, estava à espreita vigiando-os. Quando Inocência é questionada por Cirino sobre uma possível fuga que poderia realizar o amor dos dois, Inocência recusa-se com medo do que isso possa causar em seu pai e aconselha o rapaz a procurar apoio com Antônio Cesário.
Pereira convidou Cirino a ficar em sua casa e lhe arranjou
alguns pacientes. Outro hóspede chega trazendo consigo um servo engraçado, Dr.
Meyer, e uma carta do irmão de Pereira e permanece em sua casa.
O Dr. Meyer é
um naturalista alemão que embarcou no Brasil com o objetivo de encontrar novas
espécies de insetos e caçar borboletas. Embora Pereira tenha o recebido
normalmente, não compreendeu os elogios dados a sua filha e começou a
desconfiar dele.
Trecho do livro em que Pereira desconfia de Meyer:
Cap. 13: p.58: "- Passarinho verde? perguntou Meyer. Que é isso? Não vi passsarinho verde nenhum... Vi uma moça muito bonita...
- Olé... melhor ainda... Conte-me isso... e quem é ela. \[pergunta Juque]
- É a filha cá do Sr. Pereira."
p. 60: "Pereira, ofendido com aqueles cuidados de prevenção meramente científica, que lá no seu bestunto qualificava de faceirice feminil:
- Veja só, disse ele para Cirino, como este maricas gosta de se enfeitar!... Você não me engana, não, Sr. alamão das dúzias...
(...) - Ah! exclamou, e o vinho! Não me ia esquecendo?... O vinho para sua filha, Sr. Pereira, sua linda filha.
Encolheu o mineiro com furor os ombros e disse em parte a Cirino:
- Fez-se de esquecido só para falar na menina... Veja bem. Este calunga não me bota areia nos olhos."
p. 61: "Cirino abanou a cabeça, tomando ar misterioso.
- Eu por mim estarei de olho vivo no bichão... Parece-me suçuarana à espreita de veadinhas campeiras... Não terá este vinho algum feitiço? (...) Eu sei lá, insistiu Pereira. Estes namoradores são capazes de muito coisa...
- Sossegue, Sr. Pereira, acudiu Cirino, hei de examinar o líquido... tenho certeza de que não haverá novidade."
Trecho do livro em que Pereira desconfia de Meyer:
Cap. 13: p.58: "- Passarinho verde? perguntou Meyer. Que é isso? Não vi passsarinho verde nenhum... Vi uma moça muito bonita...
- Olé... melhor ainda... Conte-me isso... e quem é ela. \[pergunta Juque]
- É a filha cá do Sr. Pereira."
p. 60: "Pereira, ofendido com aqueles cuidados de prevenção meramente científica, que lá no seu bestunto qualificava de faceirice feminil:
- Veja só, disse ele para Cirino, como este maricas gosta de se enfeitar!... Você não me engana, não, Sr. alamão das dúzias...
(...) - Ah! exclamou, e o vinho! Não me ia esquecendo?... O vinho para sua filha, Sr. Pereira, sua linda filha.
Encolheu o mineiro com furor os ombros e disse em parte a Cirino:
- Fez-se de esquecido só para falar na menina... Veja bem. Este calunga não me bota areia nos olhos."
p. 61: "Cirino abanou a cabeça, tomando ar misterioso.
- Eu por mim estarei de olho vivo no bichão... Parece-me suçuarana à espreita de veadinhas campeiras... Não terá este vinho algum feitiço? (...) Eu sei lá, insistiu Pereira. Estes namoradores são capazes de muito coisa...
- Sossegue, Sr. Pereira, acudiu Cirino, hei de examinar o líquido... tenho certeza de que não haverá novidade."
A
história se passa no Sertão de Santana do Paranaíba nos anos de 1860, Martinho
dos Santos Pereira, chamado de Pereira, tem um comportamento autoritário exige
da filha de 18 anos, Inocência, uma obediência que a obrigue ser educada sob
seu regime, vivendo em sua fazenda longe do mundo.
Cirino,
um rapaz formado em Farmácia e se dizia médico, viajava pelo sertão, até que
certo dia, Inocencia ficou muito doente e seu pai, Pereira encontrou-se com este
rapaz que andava pelo sertão, Cirino, que curou Inocencia e apaixonou-se por
ela, mas Pereira, já havia decidido que sua filha iria se casar com um homem bruto
criado no sertão.
Trecho do livro em que Cirino conhece Pereira:
Cap. 2: p. 16 "Um viajante \[Cirino], montado numa boa besta (...) seguia aquela estrada (...) pouco tempo caminhou só, (...) ao seu lado emparelhou outro viajante \[Pereira]".
p.17: "O recém-chegado, já de alguma idade, de compleição sanguínea \[seu temperamento hipocrático], fisionomia alegre e bonachã, um tagarela mineiro com ar de simpatia:
- Pelo que vejo, o Sr. gosta de prosear.
- Ora se! retrucou o mineiro. (...) Isto sim, por aqui é vasqueiro \[raro, difícil de encontrar]".
Oferece o mineiro a sua tapera para o viajante descansar; p. 18: "quatro paredes de pau-a-pique mal rebocadas, uma cama de vento, bom feijão a fartar, ervas à mineira, arroz de papa, farinha de milho torradinha, café com rapadura e talvez até um lombo fresco de porco.
- (...) quanto a mim, mechamo Martinho dos Santos Pereira (...). Sua graça, ainda que mal pergunte?
- Cirino Ferreira de Campos (...), um criado para o servir. (...) Ando por estes fundões curando maleitas e feridas brabas. \[estudou no colégio do Caraça; depois tirou carta de farmácia em Ouro Preto]"
p.19: - Ah! exclamou Pereira com manifesto contentamento, vosmecê é doutor, não é?
- É fato, confirmou Cirino com alguma satisfação.
- Pois caiu-me muito ao jeito na mão; sim, senhor. Estou com uma menina doente...
Visconde de Taunay (Alfred d'Escragnolle Taunay), engenheiro
militar, professor, político, historiador, sociólogo, romancista e
memorialista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de fevereiro de 1843, e
faleceu também no Rio de Janeiro em 25 de janeiro de 1899. Foi um dos
fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Visconde de Taunay escreveu o Livro Inocencia que contava uma história de romance em um ambiente do interior.

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